não sou digno desse mar que me abraça
dessa areia que me respira
não mereço esse sol que me ameaça
ardendo em febre sobre a vida
nesse templo não sou digno
de divindade
sequer de uma centelha de agonia
e embora não bastasse o desejo
dessa morte antevista nos portais
persiste em toda veia esse sangue
ofertado noite e dia aos bestiais
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