sábado, dezembro 13, 2014

templário


 
não sou digno desse mar que me abraça

dessa areia que me respira

não mereço esse sol que me ameaça

ardendo em febre sobre a vida

nesse templo não sou digno

de divindade

sequer de uma centelha de agonia

e embora não bastasse o desejo

dessa morte antevista nos portais

persiste em toda veia esse sangue

ofertado noite e dia aos bestiais
 

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