sexta-feira, abril 29, 2005

Publico chegando na Concha. Foto publicada no Bahia Rock.

Chegamos à concha por volta das cinco da tarde. As pessoas entravam sem parar pelos portões do outro lado da grade e eu me sentia nervoso; não tanto quanto pensei que fosse ficar. Não sabia como seria mais tarde quando fosse nossa hora e isso me deixava um pouco tenso. Tinha apenas a expectativa do que seria. No fundo eu estava até seguro de nossa apresentação, tinha esperanças que fossemos chegar na final. No camarim improvisado para todas as bandas, a gente se cruzava, todo mundo amigável, nervoso, percebia-se. Havia uma mesa farta de salgados, frutas, doces, refrigerantes. Não serviram nenhuma bebida alcólica, fato que resolvemos de forma legal antes de entrarmos, comprando uma garrafa de vinho e bebendo antes de nosso show, em homenagem a Dionísio. Ainda alí pelos bastidores, quando já tocava a penúltima banda, resolvi ficar por perto das janelas das salas que ficam no caminho para o backstage. Dali observava Molko, Steve (sempre ao telefone) e Stefan. Queria falar com Molko, dizer sobre a banda Theatro de Seraphin. Falar que já ouvíamos o Placebo por muito tempo. Não houve como fazer isso naquela hora. Iamos entrar.Estávamos acompanhados de Thiago, que na verdade estava a trabalho mas é nosso assessor de imprensa e estava cosnosco tb tirando fotos. Além dele, tinhamos a companhia de Simone. Entramos, ligamos os eqptos e aguardamos ser apresentados. Tocamos bem, havíamos ensaiado muito, o show foi bem legal para todos nós, subiu a auto estima de todos da banda, afinal estar alí e tocar minutos antes do Placebo era um sonho nunca pensado por qualquer um de nós. Ao final da apresentação, ouvimos rumores que estavamos no páreo para a classificação mas que era difícil ganhar de Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta, o show deles tb foi massa e eles estão a bem mais tempo na estrada. A Theatro de Seraphin vai fazer um ano em 23 de maio, data que elegemos por ser o dia em que estreamos em Salvador nosso primeiro show, no Clube de Engenharia. Saimos e arrumamos as coisas no camarim. Nesse meio tempo, a produção do show trocou todo o palco para o show da noite, o Placebo. Foi impecável. O som não estava alto, na medida, as músicas se sucediam numa infinidade de hits, Molko pra lá de à vontade na Concha, mostrando por que a banda está no primeiro time dos grupos de rock da atualidade. Ao final do show anunciaram a vitória de Ronei. É claro que ficamos abatidos, não há dúvida sobre isso. No entanto, ao sairmos da concha com nossos instrumentos aconteceu algo surreal. Já próximo a saída, estavamos todos juntos, caminhando, uma infinidade de garotos e garotas se aproximou da gente, querendo saber da banda, quando era o próximo show; e todos aqueles guris vestindo camisetas preta e com pircings por todo rosto agarrando a gente como se fossemos celebridade, principalmente Cândido, que mostrou por que carisma vale mais do que mil solos de guitarra. Eu e Marcos ficamos sem saber o que falar, extasiados com aqueles vinte, trinta guris nos rodeando. Fomos para um bar na ladeira ali da Concha mesmo e tomamos umas cervejas ouvindo comentários sobre o show de uma galera que se juntou a nós aos poucos. Dispersamos depois e, eu, Marcos, Cassandra e Lia, pegamos o rumo do MacDonalds. No caminho ligaram e disseram pra gente não deixar de ir ao MissModular. Ok. Combinamos fazer um lanche e dar uma passada lá.Chegando no MM, sacamos algo de cara, pois uma vam estava estacionada alí na frente, e havia muita gente conhecida. Ao subirmos demos de cara com todo o Placebo encostado no balcão enchendo a cara de caipirinha. Molko super a vontade, Stefan na dele conversando com o barman, eu fiquei intimidado e pouco tempo depois resolvi sair com Cassandra. Contam que depois Marcos dançou com Molko descalço e que ele falou com todos que foram até ele e tirou muitas fotos também. Foi um momento marcante para mim, não sei mais quando vou ter um momento tão bom. Agora é seguir em frente, rumo ao CD, as novas composições, aos shows que certamente virão.
abçs a todos.

segunda-feira, abril 18, 2005

Regressando de uma viagem interplanetária

Quase um ano fora do ar. Eis-me aqui, Salubats, eis-me aqui, vibora insana!
Voltei dessa viagem e trouxe na bagagem mais mary do que whisk.
Estou vivo!!
Vou gritar pra que me ouçam!
Não mais morto como ontem!
Meteoros na garganta que me afligiam derreteram com meus sóis de salubre-visgo!