domingo, janeiro 08, 2017

Herdade

(Artur Ribeiro)

Pelas cercanias do meu peito ardendo
Pelo amor tão breve como uma valsa
Se perdeu adentro e foi fosforescendo
E deixou um rastro de estrelas mortas
Me deixou vazio como um planeta
Que não se encontra nem se desconhece
Mesmo assim se dana se atropela e beija
Reproduz e mata com a mesma verdade
Pelas estradinhas lá no mato cheio
Esse é um caminho até a minha casa
Ela é só tristeza e morre de receio
De pessoas tolas que perderam a alma
Estamos protegidos, eu e minha sombra
Da fereza vil desses clãs selvagens
Legatários das discincronicidades
Inseguros dessa vida e do além.

Eu te quero ver nos dias tristes-cinza,
[Minhas tempestades estão muitas agora]

Comunicação de fora para dentro e - -
entendimento de dentro para a sala –
que valha.