Quanta solidão em um copo d’água
E tanta amargura em uma lágrima
Tenho ainda a minha pele ardente
Mesmo o meu sol construindo o poente
Rezo inconsciente e para dentro
Tenho minha igreja internamente
Deixo que a vida me espere
E não sei se ela me acelera
Pois estou deveras deslocado
Tendo pensamentos ordinários
Se não fosse agora já tão tarde
Eu decapitava este tormento
Essa alma dói o suficiente
Pra deixar o corpo mais pesado
E deixar não ser onisciente
Dos pecados vaporizados
Mesmo que não mais sinta o medo
Ele me mantém bem acordado;
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