Uma rosa no jardim me proporciona alegria
Uma flor pequena e amarela todo dia se abre
Descubro a beleza em meio à solidão dos dias
E acordo de madrugada para vê-la florindo
Depois eu me sento em frente à janela
Para ver o mar que distante ainda se agiganta
E posso sentir suas ondas delirantes
E todo sal respingado no ar que me abraça
Antes do mar vejo as favelas
Que não são favelas em sua maioridade
São casas simples sem pintura e sem tramela
Apinhadas pelos morros diluindo a cavidade
Há uma estrada na via lateral indo ao mar
Carros deslizam em direção a orla escura
lentamente
pela distância eles parecem calmos
: Então me perco em pensamentos de horizontes
E vou a cozinha preparar um café
Espero que ela acorde e encontre o café quente
Não digo nada já não nos falamos como antes
Apenas sei o que ela vai me dizer nas próximas vinte
palavras
E ela sabe minhas vinte respostas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário