terça-feira, março 17, 2015

Capital


Uma rosa no jardim me proporciona alegria

Uma flor pequena e amarela todo dia se abre

Descubro a beleza em meio à solidão dos dias

E acordo de madrugada para vê-la florindo

Depois eu me sento em frente à janela

Para ver o mar que distante ainda se agiganta

E posso sentir suas ondas delirantes

E todo sal respingado no ar que me abraça

Antes do mar vejo as favelas

Que não são favelas em sua maioridade

São casas simples sem pintura e sem tramela

Apinhadas pelos morros diluindo a cavidade

Há uma estrada na via lateral indo ao mar

Carros deslizam em direção a orla escura

lentamente

pela distância eles parecem calmos

: Então me perco em pensamentos de horizontes

E vou a cozinha preparar um café

Espero que ela acorde e encontre o café quente

Não digo nada já não nos falamos como antes

Apenas sei o que ela vai me dizer nas próximas vinte palavras

E ela sabe minhas vinte respostas.

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