Sente o fogo desse frio
Como ardem essas ondas
Doem ossos sem destino
Quando explodem velhos
sonhos...
Ter a mão no seu
caminho
E a palavra nos moinhos
Companhia, noite fria,
Abraçado a seu futuro...
Deitar morrer dormir
estar
Deixar o limo das
paredes arder
Depois que a palavra
brotar...
Vê que o tempo se
desmancha
Sombras rudes que se
enlaçam
Ouve a rua que não
cansa
E te cobre de
ameaças
Tua alma te suplica
Rodopia na orgia
Frente a fome desolada
Que abate tua
vontade...
Deitar morrer dormir
estar
Deixar o limo das
paredes arder
Depois que a palavra
brotar...
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