segunda-feira, fevereiro 13, 2006

cosi


quis o tempo sobre a pele
o sol na língua seca
quis a dor nos dedos breves
entre frestas violetas
rubra dor nos alicerces
pés descalços de soberba
desconheço a dor das formigas
só conheço a magia das abelhas.
quis o tempo em laços de névoa
prender os braços ao cais do porto
como prender a alma a seu corpo
[nem a vida pode tanto]
passatempo de vertigem
é precipício e desencanto.

Nenhum comentário: